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As prioridades x os interesses de Gifted


Devo confessar que só assisti ao filme Gifted, de Marc Webb, por causa do Chris Evans! Sou super fã dele e quando soube do filme corri para assistir. Ao ler a sinopse não fiquei muito atraída, mas me surpreendi com o filme.


O longa-metragem conta a história de Mary Adler (Mckenna Grace), uma menina de sete anos que é um prodígio da matemática. Mary mora com o tio (Frank Adler – Chris Evans) em uma casa pequena e simples. O tio, que trabalha consertando barcos, nega a qualquer um que Mary é superdotada e no começo não sabemos o porquê até descobrirmos a história da família Adler.


A mãe de Mary, Dianna, era muito famosa no meio acadêmico da matemática. E como ela era muito boa, desde a infância, sua mãe, Evelyn Adler, privou a filha de tudo, tudo mesmo, para ela se focar no estudo da matemática.


Até que Dianna fica grávida e entra em uma depressão profunda ao ponto de suicidar-se e deixar a guarda da filha para seu irmão Frank. Assim, Frank ao saber do destino trágico da sua irmã, recusa todo e qualquer tipo de bolsa ou convite para Mary estudar em escolas avançadas.


Entretanto, a vó de Mary a “descobre” e descobre a genialidade da garota. Ela entra na justiça para conseguir a guarda da menina, mas o juiz decide que ela deve ir para uma casa adotiva até terminar o julgamento e isso deixa Frank e Mary devastados, pois há uma ligação muito grande entre eles.


Ao decorrer do filme, Evelyn faz de tudo para se aproximar da neta e ao conseguir a leva a universidades para estudar matemática e terminar o estudo que a mãe deixou sem terminar.


Mary, ao ser exposta a toda essa situação se vê sem chão, sozinha e infeliz. Ela quer a companhia da avó, quer aprender mais sobre matemática, mas quer também ficar perto do tio e levar a vida como era antes.


Frank, desesperado por causa da saúde mental da sobrinha, mostra para a mãe que Dianna havia terminado o estudo dela. Evelyn, que só queria saber do estudo, deixa a menina aos cuidados do tio novamente.


Diante todo esse enredo, dá para perceber que crianças têm de serem crianças. Não dá para exigir e privá-las de coisas normais e da idade delas. É claro que elas têm de estudar e serem educadas, mas elas têm que conhecer a vida e seus deveres da maneira delas e não ditadas por adultos.


O que me levou ao questionamento: prioridades x interesses. A prioridade de Frank era cuidar e criar Mary como uma criança e a avó, diferente do filho, via na garota um interesse maior, o sucesso.


E isso me faz lembrar os pais que pressionam os filhos na hora de escolher o curso na faculdade. Muitos fazem essa escolha influenciados pelos pais e pela família. Acabam vivendo algo imposto disfarçado de escolha. Uns se dão bem, outros já não. Eu fiz um curso por escolha própria e não me arrependo, mas não foi porque meus pais me deixaram escolher, foi porque eles não ligavam mesmo.


Eu não sou mãe, mas observo bastante. Sei que os pais sempre querem o melhor para o filho (interesse), mas o certo, o melhor é os deixar viverem da forma que eles acreditam ser a certa (prioridades).


Tudo deve ter um equilíbrio.

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