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A perfeição do Cisne Negro

  • Foto do escritor: Talita Vital
    Talita Vital
  • 5 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

O Lago dos Cisnes é uma peça de balé dramático conhecido em todo mundo e é também o drama do filme de suspense psicológico Black Swan, de Darren Aronofsky.

O filme mostra a vida de Nina Sayers, uma bailarina super dedicada que quer chegar à perfeição. Ela é escolhida para representar o papel de Cisne Branco e Negro na peça Lago dos Cisnes de sua companhia de balé. Papel esse que a moça conseguiu depois de uma falha tentativa de seduzir seu chefe.

Daí em diante, o longa mostra a fixação e descontrole de Nina pela busca da perfeição nos movimentos e técnicas do balé. Seu sonho era representar o cisne, com sua delicadeza e movimentos métricos, ela consegue facilmente dançar o Cisne Branco. Entretanto, quando é a parte do Cisne Negro, com sua fúria, impulsividade e movimentos nada precisos, ela trava e acaba por não conseguir se livrar do controle e obediência que é o cerne do balé.

Chama-se de suspense psicológico, porque Nina acaba por viver, literalmente a história do Lago dos Cisnes. A bailarina, que apresenta distúrbios mentais, começa a ter alucinações que envolvem sua vida familiar, sua sexualidade, seu desempenho no balé e interfere nas suas decisões no mundo real.

E Nina consegue chegar à perfeição, mas o preço pago foi sua própria vida. Quando o Cisne Branco na peça termina o último ato, ele se joga e acaba morrendo, assim como Nina. Diante de todo esse drama, fica a pergunta: compensa lutarmos tanto pela perfeição?

Sempre fui fissurada no Cisne Preto. Os movimentos, a ousadia, a postura e a atitude da dança me fascinam. O modo que o cisne se comporta com perfeição, mas sem deixar suas características pessoais me atrai.

E por isso penso que a busca pela perfeição deve ser ‘saudável’. Todos queremos ser perfeitos, sermos o melhor na nossa área, o mais sábio, o mais rápido e o mais perspicaz. Porém tudo que é demais prejudica.

Devemos ser os melhores e fazermos nossas tarefas com perfeição sim. Mas, ás vezes, devemos nos espelhar no Cisne Negro. Ele é perfeito, mas é ele. Ele não se rebaixa ou é esquecido durante o processo de perfeição, até porque uma pessoa perfeita ainda é uma pessoa, o que impede a perfeição completa.

Minha mãe diz que o único que detém a perfeição é Deus e que nós devemos nos assemelhar a ele e não copia-lo. Devemos ser mais nós do que deixar a busca pela perfeição de algo nos definir.

Pense nisso, se o Cisne Branco, que é perfeito, tem um lado Cisne Negro, não se importe se você não é o melhor em tudo, mas tente ser o melhor no você sabe fazer sendo você mesmo.

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Uma jornalista, canceriana com ascendente em aquário, que ama o cheiro de leite de filhotes de cachorros, largou a faculdade durante uns meses para viver na Europa, ama café forte, Grey’s Anatomy, Gilmore Girls e adora contar uma história!

 

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