Quando eu vi o Porto pela primeira vez da janela do avião, pensei: caralho, que cidade maravilhosa. E eu não me enganei. Esses quatro meses e alguns dias no Porto foram às férias que eu nunca tive.
A cidade é parecida com Ouro Preto, carrega aquela mistura do rústico e do antigo em contrapartida com o moderno. O Porto é uma cidade pequena com cara de grande. Andar por aquelas ruas, visitar os pontos turísticos, a ribeira, a foz me encantava. Despedir delas então, foi um sacrifício! E não só isso, a cidade tem aquele ar de acolhedora, de casa de vó, onde você se sente em casa, literalmente. Só o frio que era a parte ruim...
Nessa viagem conheci brasileiros que vou carregar no coração e visitar nos feriados, conheci portugueses e portugueses incríveis que me ensinaram as gírias regionais, os melhores lugares para comer e visitar. Conheci pessoas especiais que sempre terão um lugar na minha vida. Conheci um mundo que eu nem imaginava que existia e me apaixonei por ele.
O Porto me mudou, me fez amadurecer em vários aspectos e sentidos. Ele sempre vai ser pra mim o país das maravilhas. Nele tive que aprender muita coisa, levei tombos, tive ressaca de tanto tomar vinho, dancei até o chão nas festas, aprendi a andar de metro (não é nada fácil), tive que estudar publicidade e ainda descobri que assessor lá não pode ser jornalista. ´
Mas ai fica a questão, se até a Alice teve que deixar o país das maravilhas, eu também tive. Esta sendo difícil recomeçar a vida do zero, como foi o meu caso, mas não será o primeiro e nem o último recomeço. Toda despedida é um recomeço!
Ao Porto, minha gratidão. A Universidade do Porto meu respeito como “quase-jornalista”, aos portugueses um até breve e aos brasileiros, vamos nos encontrar no carnaval!
Adeus Porto, see you soon...